TCM aponta irregularidades na saúde de Valença e multa ex-prefeito Jairo Batista
- edmaisfmsite
- 3 de set.
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Atualizado: 8 de set.

O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM) acatou as conclusões de um relatório de auditoria que identificou uma série de irregularidades na saúde pública de Valença, durante a gestão do ex-prefeito Jairo de Freitas Baptista, conhecido como Jairo Batista (PP).
O relator do processo, conselheiro Nelson Pellegrino, aplicou uma multa de R$ 1 mil ao ex-gestor em razão das falhas encontradas durante a fiscalização. Ainda cabe recurso da decisão.
As inspeções foram realizadas em quatro unidades de saúde do município, no exercício de 2023. Entre os principais problemas apontados pela equipe de auditores estão:
ausência de um plano de cargos para os profissionais da saúde;
inexistência de cursos de capacitação e treinamento previstos no Plano Municipal de Saúde (2022/2025);
infraestrutura precária nas unidades, com paredes mofadas e infiltrações;
controle inadequado da temperatura de equipamentos usados para armazenar vacinas;
medicamentos guardados em refrigerador de uso comum, localizado na copa da unidade;
macas enferrujadas e em condições inadequadas para atendimento.
Outro ponto crítico foi a constatação de que, dos 498 servidores lotados na atenção básica, apenas 224 possuem vínculo efetivo — o que representa 44,98%. O último concurso público municipal na área da saúde ocorreu em 2014, e desde então a Prefeitura passou a adotar, de forma reiterada, a contratação temporária de profissionais.
A auditoria também destacou a ausência de um sistema de gestão da demanda de encaminhamentos da atenção básica para outros níveis de atendimento, o que contribuiu para uma extensa lista de espera por exames e consultas. Entre os números levantados, chamam atenção:
2.356 demandas não atendidas para consultas em Neuropediatria;
2.402 solicitações em aberto para exames de ultrassonografia.
Diante do quadro, o conselheiro Nelson Pellegrino recomendou que o atual prefeito Marcos Antônio Medrado elabore um plano de ação para sanar as irregularidades. Esse plano deverá prever as medidas corretivas, definir responsáveis por cada atividade e estabelecer prazos de execução.
O Ministério Público de Contas, representado pelo procurador Guilherme Costa Macedo, também se manifestou pela procedência dos achados e reforçou a necessidade de aplicação de multa proporcional às irregularidades praticadas pelo ex-gestor.












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