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Saúde mental dos policiais da Bahia: Por que o "peso da farda" é uma questão de segurança pública?

  • edmaisfmsite
  • 8 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 9 de ago.



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A farda pode até pesar no corpo, mas o peso maior é no psicológico. Cenas trágicas, confrontos armados, ameaças e uma permanente sensação de vulnerabilidade. O que parece até a descrição de um roteiro de filme é a dura realidade de muitos policiais brasileiros. Em estados como a Bahia, que lidera o ranking de mortes violentas no país, segundo o Atlas da Violência 2025, e tem a segunda polícia que mais mata, de acordo com o 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a rotina de um profissional de segurança os mantém em estado de alerta constante. Essa pressão contínua tem consequências profundas — em 2024, o maior número de mortes entre policiais no Brasil foi por adoecimento emocional: 126 agentes tiraram a própria vida.

 

Dois incidentes em Salvador, que ganharam repercussão na mídia, ilustram o resultado da tensão cotidiana que esses profissionais enfrentam. Um dos mais recentes ocorreu na madrugada do dia 26 de julho deste ano, quando um policial militar foi apontado como suspeito de disparar, ao menos uma vez, nas imediações de um estabelecimento comercial no Rio Vermelho, um dos bairros mais boêmios da capital baiana. Na ocasião, não foram localizadas vítimas. Posteriormente, uma mulher procurou a delegacia relatando ter sido ferida por estilhaços durante o incidente.


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Já em 2021, um outro episódio envolvendo um policial militar em "surto" mobilizou Salvador e resultou em uma morte. Armado com um fuzil, o soldado Wesley Soares Góes, de 38 anos, efetuou diversos disparos para o alto na região do Farol da Barra, um dos principais cartões-postais da cidade. Após cerca de 3 horas e meia de negociações com equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o PM acabou sendo baleado depois de atirar na direção dos agentes. Wesley, que era noivo e integrava a 72ª Companhia Independente da Polícia Militar havia pelo menos quatro anos, chegou a ser levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.


Fonte: Bahia Notícias Foto: Alberto Maraux / SSP-BA

 
 
 

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