A capital do Recôncavo baiano é conhecida por ser o maior polo comercial, industrial, educacional, de saúde e de serviços de toda a região. Das vinte maiores cidades da Bahia, SAJ é a décima oitava, com sua população passando dos cem mil habitantes em 2024.
Algumas comparacões com Valença, a pouco mais de 70 km da Terra das Palmeiras, podem ser feitas: Valença é sede regional do Baixo Sul e sua população chega perto dos cem mil moradores, não fosse a redução populacional estimada pelo IBGE em 2022.
Santo Antônio de Jesus não tem praia, mas o turismo comercial e de serviços movimenta a cidade o ano todo, ocupando com vantagem a rede hoteleira e os equipamentos como bares, restaurantes e transportes. E como se não bastasse, SAJ incrementa eventos de grande porte, como as festas juninas, que atraem milhares de visitantes de todo o país, e que tornaram a cidade conhecida por realizar o melhor e mais popular São João da Bahia.
Valença, por sua vez, é um dos destinos praianos dos santantonienses, além de Jaguaripe e a Ilha de Itaparica. Ou seja, de uma e outra forma, os dois municípios se conectam por vários interesses e isso precisa ser considerado em se tratando de intercâmbio de gestões.
É verdade que o fato de estar às margens de uma rodovia federal pode justificar o desequilíbrio comparativo entre as capitais regionais em favor de SAJ. Porém, se a capital do Recôncavo se projeta no desenvolvimento socioeconômico, a capital do Baixo Sul, apesar de seu potencial diversificado em turismo, agricultura e serviços, tem estagnado no aproveitamento de suas vocações e na modernização do comércio, urbanização e uso sustentável do patrimônio arquitetônico e natural.
Uma aproximação mais que geográfica entre Valença e Santo Antônio de Jesus se justifica como aprendizado no que uma e outra cidade podem agregar valor entre si. Na cooperação, e não na competição, Valença e SAJ precisam uma da outra para o desenvolvimento sustentável em favor de suas populações.
Por fim, o prefeito de SAJ, Genival Deolino, reeleito para seu segundo mandato, com o dobro dos votos do segundo colocado, é valenciano, motivo mais do que justificável para aproximação das futuras gestões a partir de 2025.
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