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Estudo aponta que Bahia é o estado que mais mata defensores de direitos humanos no Brasil

  • edmaisfmsite
  • 16 de ago.
  • 1 min de leitura

Atualizado: 17 de ago.


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A Bahia é estado que mais mata de defensores de direitos humanos em todo o país. É o que aponta o estudo Na Linha de Frente — Violência contra Defensoras e Defensores de Direitos Humanos no Brasil, realizado pelas organizações Justiça Global e Terra de Direitos. Ao total, o estado registrou 10 dos 55 assassinatos de defensores dos direitos humanos registrados no Brasil entre 2023 e 2024, o equivalente a 18% de total de homicídios. 

 

Ao total, o levantamento registrou 486 casos de violência tendo defensores de direitos humanos como vítimas nos dois anos analisados. A maioria das vítimas era representante de povos originários, ribeirinhos ou quilombolas. A Bahia ainda ocupa a segunda posição no ranking nacional de violência contra defensoras e defensores de direitos humanos, ficando atrás apenas do Pará, que registrou 103 casos. No período analisado, o estado registrou 50 casos, o que representa 10,3% de todas as ocorrências no país. 


Entre as vítimas assassinadas na Bahia, estão a ialorixá e liderança quilombola Mãe Bernadete, assassinada em 2023 com 25 tiros dentro de casa, mesmo sob proteção oficial; e Maria Fátima Muniz, a Nega Pataxó, liderança espiritual e professora, assassinada em um ataque de fazendeiros durante a retomada da Fazenda Inhuma, reivindicada como território indígena.

 

Segundo o estudo, a maioria das violências na Bahia está ligada à luta por terra, território e meio ambiente, atingindo diretamente comunidades indígenas, quilombolas e camponesas. Esses grupos enfrentam conflitos com fazendeiros, interesses empresariais e até milícias rurais, que utilizam desde ameaças e ataques armados até processos judiciais abusivos como forma de intimidação.


Fonte: Bahia Noticias Foto: Conaq

 
 
 

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