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Empresários de Valença se reúnem para discutir atualização do Código Tributário Municipal

  • edmaisfmsite
  • 26 de ago.
  • 2 min de leitura

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Valença vive um momento decisivo. A Prefeitura avança na elaboração de um novo Código Tributário Municipal, e empresários já foram convocados para uma reunião extraordinária na Casa do Empresário, nesta quarta-feira (27), com o setor jurídico da gestão. À primeira vista, pode parecer apenas mais uma atualização de lei, mas a realidade é que esse tema pode mudar profundamente a relação entre o poder público e quem gera emprego e renda na cidade.


A defasagem que pesa


É fato: o Código Tributário de Valença está defasado. Ele não acompanha as transformações econômicas, tecnológicas e sociais dos últimos anos. Hoje, atividades como serviços digitais, novos modelos de turismo e até formas de comércio moderno não estão contempladas na legislação. Para a Prefeitura, isso significa perda de arrecadação e dificuldade de fiscalização.


Mas é aqui que mora o risco: a pressa em corrigir essas lacunas pode resultar em um pacote de aumentos de impostos e taxas, onerando ainda mais o setor produtivo. Se o remédio for mais amargo que a doença, a cidade pode pagar um preço alto em desemprego, informalidade e fechamento de negócios.


Riscos concretos


Atualizar a planta de valores do IPTU, ampliar a lista de serviços do ISS, criar novas taxas de alvará e fiscalização, implantar cobranças ambientais e de resíduos… todas essas medidas são comuns em novos códigos tributários. E, embora legítimas, precisam ser debatidas com transparência e responsabilidade.


Se aprovadas sem diálogo, podem transformar Valença em um ambiente hostil para quem empreende. O resultado seria o contrário do desejado: menos arrecadação, mais informalidade e um comércio sufocado.


O momento de agir


Por isso, a reunião extraordinária na Casa do Empresário ganha importância histórica. Não se trata apenas de discutir artigos de lei, mas de garantir que Valença tenha um Código Tributário justo, moderno e equilibrado. O desafio é encontrar o ponto de equilíbrio: fortalecer as finanças do município sem inviabilizar a atividade econômica que sustenta a cidade.


Neste debate, cada voz importa. Empresários, comerciantes, trabalhadores e cidadãos precisam estar atentos. Afinal, quando se fala em tributo, não é apenas a empresa que paga: o impacto chega até o consumidor final, no preço do produto, no valor do aluguel e até na oferta de emprego.


Valença não pode repetir erros de outras cidades que aprovaram códigos tributários sem ouvir quem está na linha de frente da economia. A oportunidade está posta. Que o diálogo seja real — e que o novo Código seja um instrumento de desenvolvimento, não de sufocamento.

 
 
 

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