TJ-BA libera viagens de fim de ano para acusado de atropelar atleta e decisão amplia sensação de impunidade na Bahia
- edmaisfmsite
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O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) autorizou, nesta quinta-feira (11), que Cleybson Cardoso Costa, filho de uma vereadora de Salvador e acusado de atropelar um atleta na capital baiana, realize viagens durante o período de fim de ano. A decisão, que flexibiliza medidas impostas ao investigado, reacendeu críticas e intensificou o debate sobre privilégios e desigualdade no sistema judicial.
Cleybson, que responde ao processo em liberdade, agora pode deixar Salvador nas festas natalinas, desde que informe previamente o endereço onde permanecerá. A medida foi vista por grande parte da população como um sinal de complacência com o acusado, especialmente diante da gravidade do caso que chocou o meio esportivo e a sociedade soteropolitana.
O atropelamento deixou a vítima em estado grave e gerou forte comoção. Desde então, familiares, atletas e moradores cobram rigor e celeridade no andamento da investigação. Para eles, a autorização de viagens não só contraria a expectativa de responsabilização, como também fortalece a percepção de que o peso político e social de determinados sobrenomes influencia a condução de processos no estado.
Nas redes sociais, a repercussão foi imediata. Internautas apontaram contradição entre a realidade enfrentada pela família da vítima — marcada por dores, tratamentos e incertezas — e a liberdade concedida ao investigado, que agora poderá circular e viajar normalmente durante um dos períodos mais movimentados do ano.
A decisão do TJ-BA volta a expor um problema estrutural: a sensação de que, no Brasil, a Justiça age com duas velocidades — rápida e flexível para quem tem poder e influência, lenta e implacável para quem não tem. O caso reacende o debate sobre credibilidade das instituições e reforça o clamor por equidade no sistema judicial baiano.
Enquanto isso, a vítima segue lutando pela recuperação. Já a sociedade, mais uma vez, luta para acreditar que a Justiça segue valendo para todos.












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