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Taperoá Alaga de Novo — e a Culpa Não É da Chuva

  • edmaisfmsite
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura



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As fortes chuvas que têm atingido nossa região reacenderam um debate urgente: por que algumas cidades insistem em ignorar alertas climáticos, estudos técnicos e previsões que já não são novidade? Os fenômenos extremos se intensificam, mas a tragédia maior continua sendo a falta de gestão pública responsável.


Taperoá, na Costa do Dendê, mais uma vez virou notícia — e não pelas razões que seus gestores gostariam. A Taperoá das redes sociais, das fotos oficiais e das obras tão divulgadas não corresponde à Taperoá da vida real. A cidade tem uma das orlas mais bonitas da região, mas sua infraestrutura de drenagem e saneamento básico continua parada no tempo. E quando chove, a verdade escorre pelas ruas: a orla e as áreas próximas alagam porque falta investimento, planejamento e coragem política.

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A prefeita Kity Guimarães, que está em seu

segundo mandato após oito anos de governo do marido, soma 15 anos de domínio político familiar. Quinze anos em que o problema dos alagamentos não foi resolvido. Enquanto Taperoá enfrentava caos, a prefeita — como já virou rotina — estava fora, em mais um ensaio fotográfico com o governador Jerônimo Rodrigues. A vida real não aparece no álbum oficial.


E enquanto a população sofria, parte da mídia local e seus bajuladores tentavam, mais uma vez, culpar “o tempo”. Fácil acusar o clima quando não se quer assumir o próprio fracasso.


Mas os problemas não param aí.


Recentemente, o tão anunciado concurso público da prefeitura já começou com polêmica antes mesmo de acontecer. Irregularidades, falhas no processo e falta de transparência levantaram mais dúvidas do que expectativas. É mais um capítulo na longa lista de questões mal administradas.


Além disso, donos de equipamentos de som e outros prestadores de serviços vêm denunciando que trabalharam para a gestão municipal e não receberam. Uma situação que se repete com diferentes categorias, criando um rastro de insatisfação e desrespeito profissional.


Até segmentos religiosos da cidade têm reclamado da falta de apoio, consideração e diálogo — um contraste gritante com o marketing político que tenta vender uma Taperoá de harmonia e progresso.


Para completar a coleção de insatisfações, moradores também protestam contra a derrubada de árvores simbólicas da praça principal — árvores que eram parte da memória afetiva da cidade, cenário de conversas, encontros e descanso. Mais um pedaço de Taperoá que desaparece enquanto nada é feito para resolver seus problemas mais urgentes.


O apelido “Kit Correria” circula entre os moradores, mas a correria para enfrentar os desafios reais parece não existir. A cada chuva, a cada denúncia, a cada obra polêmica, Taperoá expõe o resultado de anos de abandono maquiado.


Quem viver verá.



 
 
 

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