Lugar de mulher é sim onde ela quiser, mas não é fácil ocupar espaços de poder, como na política, onde o status masculino tem dominado culturalmente e reagido de forma veemente ao sinal de que a disputa tem um elemento diferenciado: a coragem de uma mulher.
Em Valença, isso está evidente na disputa entre quatro homens contra uma mulher. No caso desta eleição, chama atenção que os ataques dos adversários e os "oba-obas" se sobreponham a propostas para melhoria das condições de vida da população. Chama atenção que não estejam sendo chamados debates de projetos consistentes de governo, quando a única candidata mulher já se adiantou em apresentar propostas colhidas de sua experiência como gestora pública e da consulta aos movimentos sociais, de maneira a contemplar ações emergenciais prioritárias e ações estruturantes das demandas atualmente negligenciadas.
Na Bahia e no Brasil, as mulheres são mais de 52% do eleitorado segundo o Tribunal Superior Eleitoral - TSE. Em Valença, elas também são maioria e, nesta eleicão, a coragem feminina entra na disputa para alterar essa cultura dominante e ultrapassada.
No caso da candidata mulher contra quatro homens, Jucélia Nascimento se impõe nessa disputa desigual como inspiração para as mulheres e todos os valencianos. Nesta eleição, a coragem de uma mulher vem a ser uma força coletiva que faz valer a diferença transformadora para Valença.
Comments