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Mulheres jovens sofrem mais com ansiedade causada pelo uso excessivo de telas, mostra estudo

  • edmaisfmsite
  • 6 de abr.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de abr.




Mulheres jovens correm um risco maior de desenvolverem ansiedade por causa do uso excessivo do celular. A conclusão é de um novo estudo apresentado neste domingo (6) no Congresso Europeu de Psiquiatria.


A pesquisa, desenvolvida por membros da Associação Europeia de Psiquiatria, observou que o gênero está significativamente ligado ao tempo gasto com telas e aos efeitos negativos que esse hábito acarreta.


Attila Szabo, professor da Universidade Eötvös Loránd e um dos autores principais do estudo, explica que o uso excessivo dos smartphones, de maneira geral, está correlacionado a menores níveis de bem-estar mental e a um aumento no medo da percepção social negativa.


"Embora o tempo de tela, por si só, nem sempre seja o único indicador de uso problemático, ele frequentemente acompanha padrões de desregulação emocional e ansiedade social", analisa Szabo.

Ele ainda comenta que, muitas vezes, o celular se torna um mecanismo para enfrentamento de desafios emocionais ou interpessoais.

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Maior impacto em mulheres jovens


A partir da análise do comportamento de 400 jovens adultos – 104 homens, 293 mulheres e três pertencentes a outro gênero –, os pesquisadores concluíram que as mulheres jovens são o grupo mais impactado negativamente pelo uso constante das telas.

➡️De acordo com Csibi Sándor, professor da Universidade de Medicina George Emil Palade e também um dos autores do estudo, há algumas hipóteses para as mulheres serem as mais vulneráveis a esse tipo de problema:


  • Pressões sociais relacionadas à aparência e comparação social

  • Maior ênfase na conectividade social

  • Maior sensibilidade emocional



"Esses fatores podem levar a um ciclo de busca por validação por meio de interações digitais, contribuindo para um maior envolvimento emocional e, eventualmente, para a dependência dos smartphones", destaca Neha Pirwani, pesquisadora na Universidade Eötvös Loránd.

O estudo não analisou explicitamente o tipo específico de conteúdo consumido, mas pesquisas anteriores indicam que os níveis mais elevados de ansiedade estão relacionados a hábitos como a rolagem passiva em redes sociais e mensagens motivadas pela busca de segurança emocional.


O pesquisador explica que esse uso das telas como passatempo tem sido constantemente associado a padrões de vício e impactos psicológicos negativos.


Medidas de prevenção


Os pesquisadores destacam que medidas preventivas são fundamentais para tentar evitar o uso nocivo das telas, principalmente com o foco no desenvolvimento de hábitos digitais saudáveis.

Entre as principais ações que podem ser tomadas estão:


  • Incentivar o engajamento social offline

  • Estabelecer limites intencionais para o tempo de tela

  • Desenvolver mecanismos alternativos de enfrentamento



"Isso pode ajudar a reduzir a dependência e promover o bem-estar mental, especialmente em mulheres jovens que estão mais em risco", recomenda o Szabo.

Fonte: G1 Foto: Freepik



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