O acúmulo de lixo nas ruas de Valença foi o estopim de um bloqueio feito por manifestantes na região do Orobó, precisamente na área onde é feito o descarte e compactação do lixo coletado diariamente em Valença. O bloqueio se deu desde o sábado último e foi desfeito após liminar do Juiz Leonardo Custódio, terminando com o embaraço do lixo urbano sem coleta pela empresa Sierra, responsável pelo serviço.
A decisão judicial por liminar foi pela desocupação da área pelos manifestantes acampados no local e pela reintegração de posse à Prefeitura.
Na decisão, o meritíssimo juiz reconhece caber ao poder público providências para prover as condições asseguradas pela Constituição Federal de um meio ambiente saudável para todos, como também reestabelecer o cumprimento do serviço público de recolhimento e destinação dos resíduos descartados diariamente pela população.
Uma situação vexatória que escancara a dificuldade de gestão após gestão em lidar com soluções estruturantes para o destino final do lixo em Valença. Em período eleitoral, a repercussão do problema gera maior impacto e pode ser utilizado como forma de pressão sobre um problema crônico como esse, mas pode também ser um fator de oportunismo político.
Em ambas as situações, a gravidade desse problema expõe o conflito de interesses que precisa ser mediado por soluções em defesa de direitos básicos da população, como o meio ambiente, que é o direito à vida, à saúde e à garantia de mobilidade das pessoas nos acessos e vias do município. Ô, MEU PAI, o que mais pode estar por vir nessas disputas mal resolvidas de Valença?
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