Requalificação da Orla de Valença expõe fragilidade do setor ambiental
A questão da retirada dos ficus da Rua Comendador Madureira é uma coisa: suas raízes crescem para fora do solo e quebram o calçamento. Quando foram retiradas, já se sabia dessa inadequação.
Não é o caso do outro lado da ponte Luis Eduardo. Eram árvores já grandes, dentre as quais amendoeiras, de folhas largas e brilhantes, bem características de praias e ilhas desta região. Compunham a paisagem do rio, eram belas, davam sombra e não faziam mal nenhum, nem quebravam passeios.
A Orla restaurada é muito bem-vinda e será um grande feito da administração Jairo Baptista, juntamente com o governo do Estado. Mas é muito triste que, em nome de se executar um projeto pronto, sem a visão local do que seja a cidade, se saia cortando árvores em nome de um padrão urbanistico X. Mesmo porque é uma questão crucial hoje cortar árvores sem critério, especialmente no meio urbano tão vazio delas, pois a população reage.
Segundo informações extra oficiais, as substitutas serão ipês. Tudo bem, mas não justifica o cochilo dos órgãos ambientais do município ao não acompanharem a execução desse valioso projeto, dando a devida atenção ao próprio projeto quanto à convivência do que já estava ali e só fazia bem.
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