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Dal Barreto tinha controle dos Correios na Bahia e agora preocupa aliados após ação da PF

  • edmaisfmsite
  • 16 de out.
  • 2 min de leitura




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Valença, BA — A sexta fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (14), colocou o deputado federal Dal Barreto (União Brasil) no centro de uma nova crise política na Bahia. Investigado por suposta participação em um esquema de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro, o parlamentar teve o celular apreendido no Aeroporto de Salvador e foi alvo de mandados de busca e apreensão em Amargosa, sua cidade natal, incluindo um posto de gasolina pertencente à sua família.


A ação da PF, que mira uma organização criminosa com ramificações em contratos públicos, lança incertezas sobre o futuro político de Dal e sobre o destino de seus aliados na região do Baixo Sul e do Vale do Jiquiriçá, especialmente em Valença, onde o deputado consolidou forte base eleitoral e presença política nos últimos anos.


Segundo o portal Metrópoles, Dal Barreto era responsável por indicar praticamente todos os cargos dos Correios na Bahia, desde o início do terceiro governo Lula. O domínio sobre a estatal no estado, especialmente em seu reduto, foi apontado como um dos pilares de sustentação política do parlamentar. Com a repercussão da operação e a pressão crescente no Planalto, fontes do governo já consideram inevitável a perda dos cargos controlados pelo deputado.


A movimentação repercute entre lideranças políticas da região, muitas delas ligadas ao União Brasil e a grupos que orbitam o ex-prefeito de Salvador ACM Neto. Dal é considerado um dos principais articuladores do partido no interior, e sua influência política vinha se consolidando com apoio de prefeitos, vereadores e empresários locais.


Com a crise, aliados em Valença, Amargosa, Mutuípe e cidades vizinhas observam com apreensão os desdobramentos. Alguns interlocutores, sob reserva, afirmam que a operação “causou surpresa e preocupação”, enquanto outros temem que o caso fragilize a presença do grupo nas eleições municipais de 2026.


Nos bastidores, comenta-se que parte da base aliada do deputado já busca se reposicionar politicamente, avaliando novas alianças caso o desgaste se intensifique. “O impacto é inevitável, porque Dal sempre teve papel de ponte entre prefeitos e o governo federal por meio dos Correios e de articulações em Brasília”, afirmou uma fonte local.


A Operação Overclean segue em curso e, segundo a PF, tem como objetivo desarticular uma estrutura criminosa com atuação em diferentes estados. Até o momento, o parlamentar não se pronunciou publicamente sobre as acusações.


Enquanto isso, em Valença e região, a grande pergunta permanece: como reagirão os aliados de Dal Barreto diante do cerco da Polícia Federal e do provável enfraquecimento de sua influência política?

 
 
 

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